terça-feira, 27 de outubro de 2020

Os anfíbios


Anfíbios  são vertebrados cuja característica fundamental é o desenvolvimento na fase larvária, em meio aquático; e na fase adulta, em meio terrestre.
 
Principais características deste grupo:

A maioria dos anfíbios possui 4 membros pentadáctilos para locomoção em terra . Os gimnofionos, como a Caecilia, são ápodes (sem patas), por involução desses membros como meio de se adaptar à vida em buracos no solo.

Figura 1

Figura 2

Os anfíbios possuem crânio largo e achatado com dois côndilos occipitais. O esqueleto é majoritariamente ossificado. As costelas não são ligadas ao esterno.   Apresentam dois pares de pernas, sendo que na perna anterior existem quatro dedos e na posterior, cinco.  

Pele úmida e lisa, glandulífera e sem escamas externas, apta para a respiração cutânea (que nos anfíbios torna-se mais importante que a respiração pulmonar);

Dentes pequenos e esqueleto em grande parte ossificado.

São pecilotérmicos (animais de sangue frio).

Coração com 3 cavidades: duas aurículas ou átrios e um ventrículo. O sangue arterial, que entra na aurícula esquerda, e o sangue venoso, que chega a aurícula direita, vão se juntar ao nível do ventrículo único. Por isso a circulação destes animais é dita fechada, dupla, porém incompleta.

Figura 3

O coração dos anfíbios possui três câmaras (duas aurículas e um ventrículo) e recebe sangue oxigenado, proveniente dos pulmões, e sangue não-oxigenado, proveniente do corpo. Para evitar a mistura excessiva dos sangues o sistema circulatório é duplo.

Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.

Modos de reprodução

Um dos motivos da sensibilidade dos anfíbios à saúde do meio ambiente está relacionado a seus diversos modos reprodutivos. Há espécies que depositam seus ovos em meio aquático (água corrente ou parada); em meio semiaquático (em ninhos de espumas flutuantes ou na vegetação acima d’água); e ainda em ambiente terrestre, no solo da mata. 

Outros fatores que afetam a atividade reprodutiva dos anuros (sapos, rãs e pererecas) são a temperatura do ar, a quantidade de chuvas, a luminosidade, além da ação humana. Ao menor desequilíbrio em seus hábitats naturais, o anfíbios – sobretudo os anuros – reduzem sua capacidade reprodutiva, podendo-se observar o rápido desaparecimento de populações (Conservation International  – CI).

Figura 4


A fecundação é interna (nos urodelos e ápodos) e externa (nos anuros),  sendo as espécies geralmente ovíparas, porém a viviparidade
 pode ser encontrada nas três ordens.  
Na fecundação interna, o esperma é transferido para o corpo da fêmea envolto numa cápsula gelatinosa chamada espermatóforo,  como no caso dos urodelos ou através de um órgão semelhante 
a um pênis, como no caso dos ápodos.  
Os ovos podem ser depositados na água, nas poças que ficam nas axilas das plantas, como as bromélias, e algumas espécies retêm os ovos no interior do corpo de formas diversas. 
O ciclo de vida dos anfíbios apresenta geralmente três fases: ovo, larva e adulto. Durante a passagem de larva aquática para adulto, 
ocorre uma metamorfose radical. 
O exemplo mais dramático de metamorfose é encontrado na ordem dos anuros, onde praticamente toda a estrutura do girino é alterada. O clímax metamórfico inicia-se com o aparecimento das pernas anteriores e termina com o desaparecimento da cauda.

Os anfíbios atuais podem ser divididos em três grupos considerados como ordens na sistemática tradicional:

Anuros: não têm cauda no estado adulto.  Exemplos: pererecas, rãs e sapos (respectivamente nas figuras abaixo).



Urodelos: possuem uma cauda desenvolvida. Exemplos: salamandras e tritões (respectivamente nas figuras). 



Ápodes ou gimnofionos: não têm patas. Exemplo: cobra-cega ou cecília (abaixo).

Os anfíbios são verdadeiros sensores ambientais, denunciam a degradação de uma área antes de qualquer outra espécie e, se estudados, global e sincronicamente, eles têm a capacidade de comunicar o que está acontecendo com nosso planeta. São como um alerta vermelho (Conservation International  – CI).

A Amazônia (não só a brasileira) e a Mata Atlântica constituem biomas de importância fundamental para a conservação dos anfíbios, por conta da grande diversidade de espécies e alto grau de endemismo (espécies que só ocorrem em um determinado local). Das 600 espécies de anfíbios registradas no Brasil, 455 (76%) existem apenas aqui. Somente na Mata Atlântica, foram catalogadas 372 espécies, sendo 260 (70%) endêmicas (Conservation International  – CI).

Vídeo institucional da Exposição Anfíbios — Uma pata na água outra na terra. 

Referências: 

SITE SÓ BIOLOGIA. Anfíbios. Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioanfibios.php> .

CONSERVATION INTERNATIONAL. Hotspots Revisitados - As regiões biologicamente mais ricas e ameaçadas do planeta. Disponível em: <https://www.conservation.org/docs/default-source/brasil/HotspotsRevisitados.pdf> .


7 comentários:

  1. Anfíbios são animais vertebrados que vivem entre o meio aquático e o ambiente terrestre.

    Eles mantêm uma forte vinculação com a água e dela não se afastam, pois precisam manter a pele úmida.

    A fecundação desses animais geralmente é externa e ocorre na água.
    A digestão dos anfíbios é processada no estômago e no intestino. Embora possam ter duas fileiras de dentes, os anfíbios não mastigam suas presas.

    A língua bem desenvolvida é usada na captura de insetos, que é envolto em um muco que o lubrifica, facilitando sua passagem no tubo digestivo.
    Respiração dos Anfíbios
    A respiração nos anfíbios adultos ocorre por meio de três estruturas: os pulmões, a pele e na mucosa da boca e da faringe.

    DE: Daniele E Caroline Raposo 7° C

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  2. Os anfíbios são seres que vivem em ambientes terrestres e também ambientes úmidos

    Apesar de terem aparência não muito agradável ou parecer peçonhento, eles são bem importantes para o meio-ambiente, como o controle de insetos que transmitem doenças e destroem plantações agrícolas, além da manutenção de ecossistemas aquáticos.

    De: Ruan Gomes Victório 7ºB.

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  3. Os anfíbios constituem uma classe de animais vertebrados, pecilotérmicos que não possuem bolsa amniótica agrupados na classe Amphibia. A característica mais marcante dos seres vivos da classe é o seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, apesar de haver exceções. 

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  4. A importância ecológica dos anfíbios são inúmeras, principalmente por seus serviços no equilíbrio do meio ambiente, no controle de insetos que transmitem doenças e destroem plantações agrícolas, além da manutenção de ecossistemas aquáticos.

    ~Gabriella Gonçalves 7A

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