quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Processos de fecundação humana

 Inseminação artificial (IA) 

  A técnica da Inseminação Artificial ou intrauterina é indicada especialmente para os casos em que os espermatozoides não conseguem chegar ao óvulo na tuba uterina. Neste sentido, a medicina reprodutiva dá uma bela ajuda. O sêmen é preparado e inserido diretamente no interior do útero, facilitando a fertilização.

Etapas do tratamento de Inseminação Artificial

Indução da ovulação: A mulher passa por uma indução de ovulação por meio de hormônios, com objetivo de liberar um óvulo em uma data determinada.

Coleta de Sêmen: Os espermatozoides são coletados em clínica especializada ou também podem ser pinçados diretamente dos testículos.

O sêmen é depositado diretamente no útero para facilitar a fecundação.

Fertilização in Vitro (FIV)

A Fertilização in Vitro (FIV) é considerada uma revolução na medicina. Ela foi desenvolvida inicialmente para casos de fator tubário. Além disso, passou a ser indicada também para casos de infertilidade masculina ou feminina,  endometriose, esterilidade sem causa aparente e idade avançada da mulher.

Nesse sentido, na técnica de fertilização in vitro, os óvulos são fertilizados fora do corpo da mulher, e os gametas são unidos em laboratório. Assim, uma vez formado o embrião, ele é transferido diretamente ao útero onde vai ocorrer a gestação.

Etapas do tratamento de Fertilização in Vitro 

Indução da ovulação: A mulher  passa por estimulação ovariana com uso de hormônios. Os óvulos são captados do ovário por punção transvaginal e o objetivo é coletar o maior número possível por ciclo.

Coleta de Sêmen: Os espermatozoides são obtidos através de masturbação ou também podem ser pinçados diretamente dos testículos.

A fertilização ocorre pela injeção de um único espermatozoide no óvulo através de uma micro agulha (ICSI) com a conseqüente. formação dos embriões.

Transferência do embrião ao útero: Após 3 a 5 dias de cultivos dos embriões em meio de cultura e mantidos em estufa, estes são transferidos para o útero através de um cateter.

Vimos aqui como acontece a mágica da fecundação humana que une os gametas feminino e masculino para formar um novo ser. Sendo assim, quando isto não acontece naturalmente, a fertilização pode ser realizada por meio de tratamentos da medicina reprodutiva.

Veja a propaganda sobre fertilização intitulada "Doing is more in our nature”, da empresa Centea.

DESAFIO 3 - Após assistir ao documentário "Milagres da Reprodução" e ao vídeo "Fatos sobre a gravidez", produzidos pela National Geographic, pesquise a respeito das alterações físicas e emocionais ocasionadas pela produção de hormônios durante a gravidez. Explique como ocorre a variação hormonal no processo de gestação e mencione os sintomas provocados no corpo feminino. Boa pesquisa. 
Milagres da Reprodução (National Geographic)

Fatos sobre a gravidez


terça-feira, 27 de outubro de 2020

Os anfíbios


Anfíbios  são vertebrados cuja característica fundamental é o desenvolvimento na fase larvária, em meio aquático; e na fase adulta, em meio terrestre.
 
Principais características deste grupo:

A maioria dos anfíbios possui 4 membros pentadáctilos para locomoção em terra . Os gimnofionos, como a Caecilia, são ápodes (sem patas), por involução desses membros como meio de se adaptar à vida em buracos no solo.

Figura 1

Figura 2

Os anfíbios possuem crânio largo e achatado com dois côndilos occipitais. O esqueleto é majoritariamente ossificado. As costelas não são ligadas ao esterno.   Apresentam dois pares de pernas, sendo que na perna anterior existem quatro dedos e na posterior, cinco.  

Pele úmida e lisa, glandulífera e sem escamas externas, apta para a respiração cutânea (que nos anfíbios torna-se mais importante que a respiração pulmonar);

Dentes pequenos e esqueleto em grande parte ossificado.

São pecilotérmicos (animais de sangue frio).

Coração com 3 cavidades: duas aurículas ou átrios e um ventrículo. O sangue arterial, que entra na aurícula esquerda, e o sangue venoso, que chega a aurícula direita, vão se juntar ao nível do ventrículo único. Por isso a circulação destes animais é dita fechada, dupla, porém incompleta.

Figura 3

O coração dos anfíbios possui três câmaras (duas aurículas e um ventrículo) e recebe sangue oxigenado, proveniente dos pulmões, e sangue não-oxigenado, proveniente do corpo. Para evitar a mistura excessiva dos sangues o sistema circulatório é duplo.

Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.

Modos de reprodução

Um dos motivos da sensibilidade dos anfíbios à saúde do meio ambiente está relacionado a seus diversos modos reprodutivos. Há espécies que depositam seus ovos em meio aquático (água corrente ou parada); em meio semiaquático (em ninhos de espumas flutuantes ou na vegetação acima d’água); e ainda em ambiente terrestre, no solo da mata. 

Outros fatores que afetam a atividade reprodutiva dos anuros (sapos, rãs e pererecas) são a temperatura do ar, a quantidade de chuvas, a luminosidade, além da ação humana. Ao menor desequilíbrio em seus hábitats naturais, o anfíbios – sobretudo os anuros – reduzem sua capacidade reprodutiva, podendo-se observar o rápido desaparecimento de populações (Conservation International  – CI).

Figura 4


A fecundação é interna (nos urodelos e ápodos) e externa (nos anuros),  sendo as espécies geralmente ovíparas, porém a viviparidade
 pode ser encontrada nas três ordens.  
Na fecundação interna, o esperma é transferido para o corpo da fêmea envolto numa cápsula gelatinosa chamada espermatóforo,  como no caso dos urodelos ou através de um órgão semelhante 
a um pênis, como no caso dos ápodos.  
Os ovos podem ser depositados na água, nas poças que ficam nas axilas das plantas, como as bromélias, e algumas espécies retêm os ovos no interior do corpo de formas diversas. 
O ciclo de vida dos anfíbios apresenta geralmente três fases: ovo, larva e adulto. Durante a passagem de larva aquática para adulto, 
ocorre uma metamorfose radical. 
O exemplo mais dramático de metamorfose é encontrado na ordem dos anuros, onde praticamente toda a estrutura do girino é alterada. O clímax metamórfico inicia-se com o aparecimento das pernas anteriores e termina com o desaparecimento da cauda.

Os anfíbios atuais podem ser divididos em três grupos considerados como ordens na sistemática tradicional:

Anuros: não têm cauda no estado adulto.  Exemplos: pererecas, rãs e sapos (respectivamente nas figuras abaixo).



Urodelos: possuem uma cauda desenvolvida. Exemplos: salamandras e tritões (respectivamente nas figuras). 



Ápodes ou gimnofionos: não têm patas. Exemplo: cobra-cega ou cecília (abaixo).

Os anfíbios são verdadeiros sensores ambientais, denunciam a degradação de uma área antes de qualquer outra espécie e, se estudados, global e sincronicamente, eles têm a capacidade de comunicar o que está acontecendo com nosso planeta. São como um alerta vermelho (Conservation International  – CI).

A Amazônia (não só a brasileira) e a Mata Atlântica constituem biomas de importância fundamental para a conservação dos anfíbios, por conta da grande diversidade de espécies e alto grau de endemismo (espécies que só ocorrem em um determinado local). Das 600 espécies de anfíbios registradas no Brasil, 455 (76%) existem apenas aqui. Somente na Mata Atlântica, foram catalogadas 372 espécies, sendo 260 (70%) endêmicas (Conservation International  – CI).

Vídeo institucional da Exposição Anfíbios — Uma pata na água outra na terra. 

Referências: 

SITE SÓ BIOLOGIA. Anfíbios. Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioanfibios.php> .

CONSERVATION INTERNATIONAL. Hotspots Revisitados - As regiões biologicamente mais ricas e ameaçadas do planeta. Disponível em: <https://www.conservation.org/docs/default-source/brasil/HotspotsRevisitados.pdf> .